quinta-feira, 31 de maio de 2007

Abandono no porto


Penso calado em você num cantinho,
Dando beijo estalado ao sabor de um bom vinho.
E questiono quanto tempo mais
Em você, me abandono no porto, no cais.

Meu rum, meus cigarros, meus livros,
O coração está parando de bater.
Nada adianta, pensamentos perdidos,
A cada tentativa de te esquecer,
Por descobrir, se verdade fosse,

Que almas gêmeas seríamos, separadas, distantes,
Em cujo mais curto espaço de tempo
Sem você gera saudade, em você estou preso,

Total calamidade.

Mas então o que sugeres?

Continuar a ser teu espelho quero,(ou não)
Então o que me pedes?
Em tuas cobertas, me pelo,(ou não)
Contudo, fica esperto,
Logo mando meu farol,
Amiúdo te prometo,
Farei cantar meu rouxinol.

domingo, 20 de maio de 2007

Medo em amar


Por amor já bati em muitas caras
Em amor, já espanquei muitas tábuas
E o amor, no ápice da sua ira
Faz e a porta atrás de mim batia
Meu grito era tudo o que eu ouvia

Queria ouví-lo dizer que me ama
Queria tê-lo por completo lá na cama
Queria que tuas palavras fossem sinceras
Queria no teu olhar ver que me veneras

Eu grito, eu chuto, eu rasgo a cara,
Por você, andando, eu marco a sala,
Sou bruto, sou violento,
Te prendo, te ordeno,
E tudo o que recebo,
Cada dia, mais medo.

Sempre



Momento Insensatez

Sinto você outra vez

Fico pensando, quando longe,

Como faço se não me responde,

Porém, por tudo, sei o quanto

Seguro estou, no entanto,

Se com você, agora, estou.





Mas, meu amor, contudo,

Quero mais que respostas, quero tudo.

Estar, beijar, louvar, contemplar

E, para sempre, você estar

Feliz e gratificante

Na nossa vida militante,

Porém saudosos, por sempre, um d'outro.





Por você, por você, por você,

Penso, faço, luto.

Por você, por você, por você,

vou e viro o mundo.